Ás vezes questiono por que um habita o outro e quem habita quem.
Questiono se realmente deveria haver obrigatoriedade em suas co-existências, já que as mentes limitam-se às correntes que as mantêm presas em seus corpos e os corpos compensam a prisão de suas mentes entorpecendo-as com o que lhes é palpável.
Penso em corpo e mente e apaixono-me mais pela idéia de ser mente, vendo minha utopia romântica comprovar-se no descompasso de uma enfermidade.
Quando não sucumbo ao desgaste desgasto-me num tombo.
Quando não tombo é o desgaste que tomba por mim.
(...)
Pois quando o sol se põe sinto um incontrolável desejo de correr atrás dele, mas sou matéria demais para entregar-me às esperanças inocentes de uma mente que não compreende as limitações físicas.
Fico à contemplá-lo vencida pela gravidade que incide sobre meu corpo, administrando o desalento causado pela dualidade de Ser e Humano.
Prazeres normais não me satisfazem e tampouco eu satisfaço a normalidade.
Quando me olham veem meu corpo.
E este impressiona enquanto engana contendo-se numa implosão.
Porém, a mente sempre explode para sobrepor-se às restrições do corpo que não pode explodir sem destruir-se.
E ao ser mente que explode, espalha, recolhe e reconstrói comprovo que nenhuns ninguéns consegue me absorver.
Pois pronomes referem-se aos corpos.
E mentes não almejam absorção...
Ao final, transfiguro-me num pássaro que encontra graça ao alçar voo por sobre seus próprios dilemas.
Pássaros não desejam gaiolas, mas precisam de um poleiro
Porém, sinto que o tempo permanecido no céu fortalece minhas asas
E o voo perdura...
Sua forma de tecer as ideias e de descrever é muito semelhante a minha.
ResponderExcluirConfesso que me vi, aqui, divagando como se fosse outra de mim...
Abraço
Puxa, sinto-me honrada!
ResponderExcluirSejamos então tecelãs de idéias, coreógrafas destas que nos alimentam além de pratos e copos...
Paz!
'Pois pronomes referem-se aos corpos.
ResponderExcluirE mentes não almejam absorção..."
Vejo o grito de liberdade por aqui. Corpos sãos vão além... já disse num dos meus poemas.
Grande abraço!
Sanidade e liberdade entrelaçam-se as mãos... Divida comigo esse poema, por favor! =]
ResponderExcluirCara ou caro Coruja, pois seu perfil não nos faz saber feminino ou masculino, então perdoa-me, por não me referir de forma correta.
ResponderExcluirGostei muito da sua forma de escrever e gostaria que entrasse em contato comigo por mail para poder fazer um convite, onde ficaria feliz em receber sua presença em meu blog. maluccat@hotmail.com
Contate-me para que eu possa detalhar como funciona minha página de visitas.
Agradeço e aguardo