terça-feira, 25 de outubro de 2011

Bruxa ou Saci?

Bem sabemos que no dia 31 de outubro boa parte das crianças brasileiras se fantasiam e brincam sob decorações de abóboras, caveiras, morcegos e outros elementos sombrios que circundam o místico universo do Dia das Bruxas, ou Halloween.


Numa breve pincelada, o Halloween é  um evento tradicional dos países anglo-saxônicos, especialmente Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido, que perpetuam celebrações dos antigos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a. C. e 800 d. C.. Esse dia marcava o fim oficial do verão e último dia do ano no calendário Celta, como também o final da terceira e última colheita do ano, o início do armazenamento de provisões para o inverno, o início do período de retorno dos rebanhos do pasto e a renovação de suas leis. Acreditavam também que unicamente nesse dia os mortos teriam oportunidade de retornar à terra para procurar um corpo vivo e ocupá-lo pelo próximo ano, o que originou as fantasias, elementos assustadores e arruaças que afugentaria os espíritos.


Já sabemos sobre esta celebração e que ela faz parte da cultura norte americana e não da nossa, certo?
E talvez gostem de saber que desde de 2004, o dia 31 de outubro no estado de São Paulo é o dia do Saci, e essa criaturinha simpática e travessa sim faz parte da cultura brasileira!


Além do decreto estadual Dia do Saci no Estado de São Paulo, contamos com as leis municipais nas seguintes cidade: 
Dia do Saci no município de São Paulo


Esses projetos de lei estão disponíveis no site da Sociedade dos Observadores da Saci http://www.sosaci.org, o qual vale muitíssimo a pena dar uma bisbilhotada.


Valendo-nos das informações acima, 
proponho que neste próximo dia 31 nós exaltemos o nosso riquíssimo folclore!
E aos meus camaradas pedagogos, 
o que acham de trabalharmos com nossos pupilos o Saci ao invés da Bruxa?
Pedagogos, uni-vos!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O Captain! My captain!

"Oh capitão! Meu capitão! nossa viagem medonha terminou;
O barco venceu todas as tormentas,
     [o prêmio que perseguimos foi ganho;
O porto está próximo, ouço os sinos, o povo todo exulta,
Enquanto seguem com o olhar a quilha firme,
     [o barco raivoso e audaz:
 

Mas oh coração! coração! coração!
Oh gotas sangrentas de vermelho,
No tombadilho onde jaz meu capitão,
Caído, frio, morto.
 

Oh capitão! Meu capitão! erga-se e ouça os sinos;
Levante-se – por você a bandeira dança – por
     [você tocam os clarins;
Por você buquês e fitas em grinaldas -
     [por você a multidão na praia;
Por você eles clamam, a reverente multidão de faces ansiosas:
 
Aqui capitão! pai querido!
Este braço sob sua cabeça;
É algum sonho que no tombadilho
Você esteja caído, frio e morto.
 
Meu capitão não responde, seus lábios
     [estão pálidos e silenciosos
Meu pai não sente meu braço, ele não 
     [tem pulsação ou vontade;
O barco está ancorado com segurança
     [e inteiro, sua viagem finda, acabada;
De uma horrível travessia o vitorioso barco
     [retorna com o almejado prêmio:
 
Exulta, oh praia, e toquem, oh sinos!
Mas eu com passos desolados,
Ando pelo tombadilho onde jaz meu capitão,
     [
caído, frio, morto."





Walt Whitman

Poema traduzido do poeta e jornalista do século XIX, 
considerado por muitos "pai do verso livre".


Um sopro de excitação!